Epílogo de um amor.

Quando o amor se abate,

A alma suspira e lamenta.

Os pensamentos

Divagam receosos...

É como um abismo imenso

Que se abre a nossa frente

Um desanimo descrente

Ladão pego em flagrante...

Ah, um amor abatido é ultrajante!

Quando o amor se abate,

Desce sobre nós uma fadiga

Um sono que perambula

Sonhos antigos e atormenta,

Feito ferida aberta

Já pressentida,

Qual prazer e dor

De mulher recém parida

Que geme, sorri e mal se aguenta!

Quando o amor se abate,

O palhaço perde a graça,

O riso foge da praça

A vida escoa pra longe

Onde o prazer e a alegria

Se esconde.

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 02/06/2007
Reeditado em 08/07/2013
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