Epílogo de um amor.
Quando o amor se abate,
A alma suspira e lamenta.
Os pensamentos
Divagam receosos...
É como um abismo imenso
Que se abre a nossa frente
Um desanimo descrente
Ladão pego em flagrante...
Ah, um amor abatido é ultrajante!
Quando o amor se abate,
Desce sobre nós uma fadiga
Um sono que perambula
Sonhos antigos e atormenta,
Feito ferida aberta
Já pressentida,
Qual prazer e dor
De mulher recém parida
Que geme, sorri e mal se aguenta!
Quando o amor se abate,
O palhaço perde a graça,
O riso foge da praça
A vida escoa pra longe
Onde o prazer e a alegria
Se esconde.