ARCO-ÍRIS

ARCO-ÍRIS

A juventude fechou-me suas portas.

Dignamente olhou-me pela vez derradeira

E dissipou-se como fumaça de fogueira

Apagada.

A derribar em cinzas minha mocidade.

Foi-se sem piedade.

Havia que ser diferente,

Havia que ser para sempre!

Incoativo florescer de cabelos brancos,

Uma camada de orvalho.

Passos sem cadência, mãos tremulas,

Peito sem compasso, a música é lenta,

Eu sem rimas

E tu onde andas?

Os anos afastaram-me de ti,

E vives por aí,

Linda, incorporada em luz,

Dossel.

Uma outra cor a sobrepor o

Arco-íris do amor!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 02/06/2007
Código do texto: T511332