Alma de Madeira
Minha alma de madeira
Talvez ferida, vai sangrando.
Da pena... em sua ilha de amor
Ver viagens e dores a vaga nevoa
A idade me cobre de garoa o peito
Há que voar neste tempo, onde?
Outros dias virão, é verão na paz meus
arquipélagos nos
alicerces ungidos de pregos
Pobre poeta para quem a vida é morte.
Meus escritos emudeceram as vogais
Sentiram-se nuas e abandonadas.
Som tom assobreado de tonalidades
Nem arco íris sou nós teus olhos
Permaneço imóvel, sou pasto dos passarinhos
Na minha figura de anjo negro.
Raí