DEZ DE SETEMBRO

Madrugada, dez de setembro, anunciava...

O luar, de luz prateada, a ermo espargia.

A estrela Dalva lentamente despontava.

Tudo era festa, a final, um varão nascia!

Saudações ouviam-se de toda a passarada,

Com seus cânticos multifários, amanhecia.

Recanto bucólico para uma vida planejada,

Em outras esferas tal como su’alma queria.

Ouvia-se ao longe o restrugir da cachoeira,

Que entoava o coro nesta excelsa sinfonia,

Sob os ruídos harmônicos de uma figueira,

Que ao vento folhas de amor se desprendiam.

Orquídeas odorantes mais perfumes traziam.

Homenagem sublime a uma vida que surgia.

Riva. 012

Rivadávia Leite
Enviado por Rivadávia Leite em 16/09/2005
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