armário
tudo ficou solidão
quando você foi embora
casa, sossego e o portão
ficou aberto lá fora
pra quê sentar na varanda?
pra quê datilografar?
não há ninguém que diz: “anda,
vem para a mesa jantar”
todo caminho é escuro
quando seguimos sozinho
todo tropeço é amigo
não há cabide seguro
pra nenhum terno de linho
quando o armário é o perigo