armário

tudo ficou solidão

quando você foi embora

casa, sossego e o portão

ficou aberto lá fora

pra quê sentar na varanda?

pra quê datilografar?

não há ninguém que diz: “anda,

vem para a mesa jantar”

todo caminho é escuro

quando seguimos sozinho

todo tropeço é amigo

não há cabide seguro

pra nenhum terno de linho

quando o armário é o perigo

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 22/01/2015
Código do texto: T5110077
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.