UMA VERDADE...

Deixe-me te dizer o que eu mais queria,

E te mostrar como meu peito raciocina.

Faço inversões das dores mais antigas,

Para sorrir sozinho durante os meus dias.

Se um dia eu ouvi da tua boca um elogio,

Ainda está lá dentro de mim,

Mas se me deste um grito,

Esse eu já esqueci.

Em pequenas gotas tão escondidas,

Nas pequenas coisas que não foram ditas,

Ao lembrar-me do muro onde te beijei,

E não fui eu quem deixei...

Finjo ser mentira o que me jogou em meio à chuva,

Na esquina até que a luz do teu quarto se apagou,

Detalhes agora tão sutis, tanto quanto a minha tola inocência,

Querer amor mulher... Amando a menina.

Mas se hoje eu tenho a ausência do pudor,

Na verdade tenho o lembrar da dor,

De ter dado carícias ao invés do selvagem amor,

Amando a menina que no meu coração ficou.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 21/01/2015
Reeditado em 22/01/2015
Código do texto: T5109847
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