,
desejei de suas mãos
a carícia felpuda
e o arrepio
que desponta à vida
... toda nascente
... toda ferida
... toda ferida
Quis morder na boca
os morangos maduros,
desabrigados,
flambados
à flor rubra dos lábios
Quis do corpo
a palavra adormecida,
o inferno e o céu,
escorrendo a leite e mel
na minha boca prometida
Ahhh... Confesso !
Quis que me escrevesse,
que me calasse,
que calasse
essa prece que me sangra !
Por tanto que me morre
... Por tanto que te ama.
Tela - Anna Razumovskaya