Os olhos

Incessantemente me fitam no âmago,

Remexendo as minhas entranhas

distorcendo os meus pensamentos

Extirpando-me os delírios

Protagonizando-os pro seu prazer

Aquela cigana artesã tecendo a sua teia

Como uma viúva negra seduzindo com a sua dança

Os lábios vermelhos me sorvendo as forças

O canto da sereia me lançando nas pedras

Iansã acolhe-me entre os ventos

Iemanjá arrasta-me de volta

O olho do furacão se multiplica

Lanço-me à sorte

Sonho antes de dormir com aqueles olhos.

Jéssik Rubia Stein
Enviado por Jéssik Rubia Stein em 21/01/2015
Reeditado em 21/01/2015
Código do texto: T5109114
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