COMO TE VEJO

Meus olhos assim veem os teus

Penetrantes, serenos e transformadores

Provedores de percepções espartanas

Mostrasse-me o que já não via

Degustei o que não havia provado

Senti o agora novo e perfeito amar

Adoro o movimentar de teus cabelos

Do tom de teus olhos, do caminhar ritmado

De quando olhas para o infinito

Se me foste real, tinha que amá-la

Não menos condescendentes eram teus olhos

A fitar-me como se buscasse acolhida

Se minha mão está solta, é por ainda buscar as tuas

Ecoa em minhas lembranças tua voz

Meu coração clama pelo teu.