Quem dera as reticências fizessem a decência de descrever minha carência
Quem dera eu fosse um desses livros teus,
Sem todo o sofrer que é estar longe de você...
Quem dera a era eu fosse um desses livros teus.
Sem sintomas do doer, de capa dura pra proteger,
Quando você se ausenta mesmo sem querer...
Quem dera a era em que as reticências descrevessem de fato nossas essências, e tivessem a decência de descrever minha carência...
Quem dera a era que se escreve errado,
Por não ter dicionário e por ser ousado...
Não fazem agrados forçados... Mais aliviados...
Quem dera toda era seu sorriso ascender...
E dele nascer todo prazer,
Sem tanta verdade que advém da vaidade...
Quem dera a era de uma poesia que não precisa de rima,
Que pode escutar a palavra chegar pelo olhar...
Quem dera a era em que as reticências descrevessem de fato nossas essências, e tivessem a decência de descrever minha carência...
Quem dera a era: eu sempre ao seu lado,
Por que gosto de ficar calado, emocionado, aumentado, transbordado, amparado...
Amado*