Mente confusa
Estou literalmente cansado
moído. Nada me faz bem
até os sonhos se tornam chatos...
Nem pareço ter sonhado com o meu amor.
Sentado... observo o tempo lá fora
passando, lentamente... E aí me “toco”
não aprendi nada ao longo do curso da vida.
O seu aconchego, hoje, incerto, distante
me lembro, vagamente, perdido no tempo
não dar para escutar, sentir, abusar, conciliar
nem o cheiro me atrevo, á saudade notificar.
O passado como morte desaparecida
os pensamentos em estado amnésico
se apagaram... infiltrados, os imponentes.
A saudade ri soberana
a unidade desprezada
aniquilada, condenada...
Enquanto, o rico saber saiu de vista.
Quantas vezes me ofereci, embevecido no amor
cego, carregado de tristeza, pedia para ficar.
Quantas vezes deitado sozinho na cama
na sua ausência rolava, sonhava com você...
E os sonhos eram confusos... Por medo de te perder
se tornavam partidos, acomodados, acanhados
não sabiam, para qual caminho as viagens seriam seguidas
embora frustrados, se sentiam confortados, alimentados...
Recolhido ao tempo, embrutecido, o choro me animava.