Mente confusa

Estou literalmente cansado

moído. Nada me faz bem

até os sonhos se tornam chatos...

Nem pareço ter sonhado com o meu amor.

Sentado... observo o tempo lá fora

passando, lentamente... E aí me “toco”

não aprendi nada ao longo do curso da vida.

O seu aconchego, hoje, incerto, distante

me lembro, vagamente, perdido no tempo

não dar para escutar, sentir, abusar, conciliar

nem o cheiro me atrevo, á saudade notificar.

O passado como morte desaparecida

os pensamentos em estado amnésico

se apagaram... infiltrados, os imponentes.

A saudade ri soberana

a unidade desprezada

aniquilada, condenada...

Enquanto, o rico saber saiu de vista.

Quantas vezes me ofereci, embevecido no amor

cego, carregado de tristeza, pedia para ficar.

Quantas vezes deitado sozinho na cama

na sua ausência rolava, sonhava com você...

E os sonhos eram confusos... Por medo de te perder

se tornavam partidos, acomodados, acanhados

não sabiam, para qual caminho as viagens seriam seguidas

embora frustrados, se sentiam confortados, alimentados...

Recolhido ao tempo, embrutecido, o choro me animava.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 17/01/2015
Reeditado em 17/01/2015
Código do texto: T5104620
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