Sempre o Beijo
Gélida,
É só uma palavra
Impressa no papel,
O verso é avassalador
No termo da dor,
Contraindo laços,
Estreitando,
Divagando como seresta
Pela madrugada.
A posse é inexistente,
O possuir galga d’alma
Sem juntar migalhas,
Flores.
A música vem de um vinil
Preso a parede como um quadro
Exibindo um âmago desnudo,
Nu, feito à Nona de Van.
Por todas às metáforas
O espírito renasce,
Como se o beijo fosse
Sempre o primeiro.
Lua cheia,
Ainda muitas horas...
Oh, alvorada.
12/01/2015
Porto Alegre - RS