Bucólica paixão
Num canto o encanto vida fazia
Jazia de amor e paixão
Enamorado calado nada dizia
Dando asas a imaginação.
Os sonhos eram silenciosos
Fogosos beijos chamavam atenção.
A roupa na corda voava
E eu caminhava sem da vida uma real visão
A pesca era paga, o anzol era cego
O prego rombudo, enferrujado
Pregado numa madeira qualquer
Eita vidão!
De repente a brisa o campo cobriu
Surgiu entre o nevoeiro uma paixão
Que querendo ou não avassala
O mais altivo ímpeto da razão
Eita coração apaixonado!
Nesse peito magoado querendo prazer
O canto que se faz presente
Estava inda agora ausente na alma a morrer
A ave voou, o sol se escondeu
A temperatura caiu
Viu? Agora sabe quem sou eu?
O poeta do nada perdido na estrada
Onde nada aconteceu
No canto continua o encanto
Olá, minha bela! Onde foi que você se escondeu?