Embriaguez
Não sei o que falar,
Não sei o que cantar,
Tão somente escrever
Quando do silente escuto
O falar dos grilos,
Os cânticos das rãs,
As nuvens brotando,
Pingos de chuva...
Plim... Plom...
À tarde,
Encaminha-se à noite,
O candeeiro ganha vida...
Na porta, a estrela,
Única pela canção
Rolando no vinil,
Meia luz,
Vultos,
Alvo tecido.
Enfim,
Bebe-se do verbo,
Embriaga-se do verso.
08/01/2015
Porto Alegre - RS