Lembranças de ampulheta

Lembranças de ampulheta

Meu velho pai que era vivo e moço,

trazendo-me em seu forte pescoço,

e a inocência dando de ombro,

sem denotar ao escombro

que um tempo grosso,

bem mal educado,

mas estando

invocado

e um

tanto

nublado

deu o sonido.

Momento errado.

Deixara ali estampado.

Foi um estampido danado,

esboço dum ciclo já executado.

Sem dor ou lamento ficara clavado.

Lá do lado de trás nos idos do passado.

E tudo se findara por hora.

Porém, restara futura aurora,

donde o tempo não fará mais

diferença de irreverência assaz.

Por que o tempo não dá um tempo?

Tempo, meteorito de contratempo!

Contrapondo e contraponteando

ilusões que vão em vão chegando.

jbcampos

jbcampos
Enviado por jbcampos em 08/01/2015
Reeditado em 03/06/2015
Código do texto: T5095272
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