Danúbios da vida (Caris Garcia)

Danúbios da vida

(Caris Garcia)

Há de surgir a tempestade

Se necessário, todos os dias

Como neves ternas de claridade

As ervas e metais na tua alquimia

...E o sol não deixará de brilhar...

Grande iluminado e poderoso

Como espadas na honra forjadas

atrás de toda a neblina, cauteloso

ele lá estará, trazendo novas alvoradas

... E o nosso sol jamais deixará de brilhar...

Na gangorra do teu sentimento não se brinca

é um compasso que apenas se sente

Um minuto para que siga a minha estrada inca...

Traga a tuas runas como confidente

... E o sol só nasce para tua contemplação...

Os sentimentos são tão raros

a pureza de cada um, me refaz

Não existe castigo sem amparo

Só a tuas águas não são artificiais...

... Você que é o filho do sol... Purifica-me !

As flores não escolhem suas cores

Os perfumes não decidem suas fragrâncias

Nas cordilheiras do seu império, beija-flores

Liberto minhas borboletas em oceanos de elegância

É tão simples que a complexidade se confunde

o ritmo se aproximando com cataventos

ninguém chega na nossa altitude

Oh! Estrela do púrpuro firmamento!

Os cabelos brincam com cada rajada

o sol na pele como parte da natureza

equilibrando a arquitetura do nada

Demonstrando o impossível da proeza

É possível vislumbrar todo vale sagrado

tantas histórias, famílias...Olha ali,a nossa vida!

Em cada esquina, nossos fragmentos batizados

Os rituais da flauta de bambu... Ah, não existe despedida...

Aqui e ali posso sentir os rastros teus

Nas sombras das nítidas lembranças te encontro

Aquela chuva fina com um ar europeu

Obra prima inacabada... Romance sem fim, nem ponto...

O ponteiro do relógio parado

O ritmo cardíaco é inexistente

O Danúbio azul ao nosso lado

Florestas inteiras de presente

Em segundos passamos por todos os vilarejos

ainda vejo os campos de flores infinitos

as águas, riachos, cachoeiras...O gracejo...

Em algum lugar, alguém disse: Maktub "Está escrito"

Tudo tão presente, vivo e distante agora

como os círculos da vida que giram sem saber

Na suas paradas eu me entrego... Chegada a hora...

Como se fosse a primeira e última vez do alvorecer...

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http://carisgarcia.blogspot.com.br/2015/01/danubios-da-vida-caris-garcia.html

https://www.youtube.com/watch?v=pzlw6fUux4o

Caris Garcia
Enviado por Caris Garcia em 08/01/2015
Código do texto: T5095130
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