Passarela

A menina entrou no bar e o mundo era dela

Era tão déco que trazia consigo um semblante de luxo

Mas não havia nenhuma sofisticação em seus passos

Era simples e graciosa

Era um poema da Arcádia

Ela piscou para o bartender e pediu um copo d’água

Mas apenas água?

Meu corpo ansiava por ação

Meus olhos ansiavam por ação

Mas não

Ela fez menção de pagar

Mas o moço não cobraria de uma menina tão bonita como ela

Um mero momento

Sinto-me idiota de ainda pensar nela

Ela saiu e eu nunca mais a vi

Ugo Costa
Enviado por Ugo Costa em 07/01/2015
Código do texto: T5093350
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