Passarela
A menina entrou no bar e o mundo era dela
Era tão déco que trazia consigo um semblante de luxo
Mas não havia nenhuma sofisticação em seus passos
Era simples e graciosa
Era um poema da Arcádia
Ela piscou para o bartender e pediu um copo d’água
Mas apenas água?
Meu corpo ansiava por ação
Meus olhos ansiavam por ação
Mas não
Ela fez menção de pagar
Mas o moço não cobraria de uma menina tão bonita como ela
Um mero momento
Sinto-me idiota de ainda pensar nela
Ela saiu e eu nunca mais a vi