Minhas confissões
Até quando
guardarei minhas confissões
nos porões do meu coração?
O tempo vai passando e
não mais ouso descer os degraus
da escada envelhecida
por buracos carcumida
com barulhos que assustam
até chegar no escuro
para relembrar o que não foi dito
Minhas confissões são de amor
de um amor fortuito
louco como um grito
dilacerado pela impotência
de não ter acontecido
Morrerei com elas
entrelaçada nelas
por ser duro dividir
o que não foi
e ainda vive em mim
como se não tivesse fim