Minhas confissões

Até quando

guardarei minhas confissões

nos porões do meu coração?

O tempo vai passando e

não mais ouso descer os degraus

da escada envelhecida

por buracos carcumida

com barulhos que assustam

até chegar no escuro

para relembrar o que não foi dito

Minhas confissões são de amor

de um amor fortuito

louco como um grito

dilacerado pela impotência

de não ter acontecido

Morrerei com elas

entrelaçada nelas

por ser duro dividir

o que não foi

e ainda vive em mim

como se não tivesse fim

Rosalva
Enviado por Rosalva em 05/01/2015
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