Noite Noturna
Uma taça,
Uma cereja,
Um verso de embriagar,
De alçar-se
Entre as lacunas
De uma folha alva
Sem cálice.
O cheiro de açafrão,
Aquele vindo das colinas
Do outrem, entontece,
Semeia, depois,
Desabrocha.
Lamentando lamentos,
Semiologia longe da lógica,
Perto do peito orvalhado
D’onde os seios
No xale envolvem-se,
Devaneiam...
Ora oração,
Dos tempos pelo templo,
Oh, amanheceu.
04/12/2015
Porto Alegre - RS