Sede de Amor

Naquele momento o amor se fez poesia, mas o que o escritor não sabia foi que enquanto um copo de água bebia, ali saciaria a sede de suas indagações.

Depois de saciar minha sede com aquele singelo copo d'água, me deparei com questões antes impensadas. E assim como nosso organismo é composto por mais de 70% de água, somos como um poço de sentimentos, a água que deságua ou transborda tudo que sempre guardou em determinado momento no seu interior. Em sua essência não foi feita para guardar mágoa ou rancor, mas para transbordar o mais nobre sentimento, chamado amor.

Vivemos diante de uma sociedade com pessoas desidratadas, somente preocupadas em saciar sua sede e satisfazer suas necessidades. Afinal, é vital se atentar para um relevante detalhe que amar se dispõe como um exercício diário, necessário para a sobrevivência, coisas das quais poços vazios são incapazes de fazer.

O amor é solvente universal, ele purifica o ser, sendo portanto capaz de dissolver todo mal, auxilia na eliminação de toxinas, que impedem de crescer verdadeiramente o amor contido e desgastado pela dor causada por sentimentos corrosivos.

E como quem faz tempestade em copo d'água, o amor se fez morada numa noite vazia. Então foi verso confesso do escritor que em suas analogias mostrou que não é preciso ir pro fundo do poço para entender o profundo sentimento da dor, causado pela ausência do amor. Não espere a última gota secar para amar, pois o segredo está na fonte do coração, então inunde o corpo de bons sentimentos a cada momento da sua vida.

Assim não se contente com as margens destas linhas, se hoje rio amanhã mar de emoção a desaguar e os olhos a transbordar o que a razão não consegue explicar. As lágrimas podem parecer salgadas mas limpam nossos olhos e clareiam nossos caminhos.

Jeska Lima
Enviado por Jeska Lima em 02/01/2015
Reeditado em 02/01/2015
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