Entra...não diga nada.
Transponha seu olhar
suavemente ao meu  
como a luz filtrada 
pela chuva ao encontro
da estiagem...
Abre a janela da  alma
e deixa  a pérola da claridade
escorrer por sua pele, 
acordando o silêncio 
que dorme à sua espera...
Tira do rosto o desespero 
que esgana a saudade nos
cantos sombrios da ausência...
Acasa continua a mesma, só
está com as cortinas cerradas
e empoeirada com a solidão...