Ternura

Nas amplas transformações sempiternas da natureza

A ternura é a continuidade do enlevo ativo, azucrinante...

Um açude de neurastenia irrequieta e pulsações...

Uma estrela de todas as coisas rapidamente absorta.

Para a ternura não há caricatas introduções,

Nem mesmo os mais elevados dos ajustes;

E pela vida vamos destarte como os sonâmbulos

Ao arejado sopro saudável das rosas...

E como criaturas somos conclusos, ilustres artesões

Na arquitetura natural da ternura - na notabilidade,

Com a ousadia dos intelectuais disfarçantes.

Obedecemos-nos a um preceito que a coragem nos conduz

E apreciamos com pujança e com vida,

Ás matizes, as tonalidades, o brilho que o caráter manda...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 31/05/2007
Reeditado em 31/05/2007
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