QUE AMOR É ESSE?
Pedra- PE, 08 de setembro de 1998.
Surgiu-me um amor tão estranho
Com o triste coração coberto de arduras.
Logo após surgiu um sofrimento denso
Destruindo os encantos da formosura
Por que me surgiu tão calamintoso
Este amor que jamais vai se acabar?
Mas, por que vieram tantos enigmas
Logo após o seu feitiço penetrar?
E, foi caindo choro entre delírios
Com lágrimas vorazes de sofrimento
Que só dava para sentir as feridas
Queimando nas fibras do pensamento.
Porém, tão constante me doía
Esse amor em mágoas dolorosas.
Por que penetrou secretamente
A força das reações tão ardilosas?
Por que em carícias majestosas
Não se rendeu imóvel completamente?
Mas na densidade enganosa
Entregou-me incompleto tão ardente.
Ainda hoje em mim se transfigura
Só padece em devido sentimento
Que amor é este que as amarguras
Ferem até as fibras do pensamento?