QUE AMOR É ESSE?

Pedra- PE, 08 de setembro de 1998.

Surgiu-me um amor tão estranho

Com o triste coração coberto de arduras.

Logo após surgiu um sofrimento denso

Destruindo os encantos da formosura

Por que me surgiu tão calamintoso

Este amor que jamais vai se acabar?

Mas, por que vieram tantos enigmas

Logo após o seu feitiço penetrar?

E, foi caindo choro entre delírios

Com lágrimas vorazes de sofrimento

Que só dava para sentir as feridas

Queimando nas fibras do pensamento.

Porém, tão constante me doía

Esse amor em mágoas dolorosas.

Por que penetrou secretamente

A força das reações tão ardilosas?

Por que em carícias majestosas

Não se rendeu imóvel completamente?

Mas na densidade enganosa

Entregou-me incompleto tão ardente.

Ainda hoje em mim se transfigura

Só padece em devido sentimento

Que amor é este que as amarguras

Ferem até as fibras do pensamento?

Leonires Di Olliveira
Enviado por Leonires Di Olliveira em 28/12/2014
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