Torpores do Silêncio
Voa palavra...
Ah, voa toda palavra,
Ícaro não és.
Do semblante,
A gota do pranto
Sobre a velha Olivetti,
Quando nasce o poema,
Quando se tem poesia
N’alma que beija,
Beijada.
Entre as melodias
Dançarina, és,
Pois crias do verso
O fervor do abraço,
A verve do ósculo,
Marrom glacê.
Como um balão, flutuas,
Viajas pela imensidão
Feito xale ao vento
Deitando-se sobre os seios,
Aquecendo o silêncio.
27/12/2014
Porto Alegre - RS