Uma Declaração de Amor

Eu tento te

abordar

e tudo que consigo com meu

jeito abobalhado é

perder o

tempo certo, perder a

hora certa de agir.

Sinto muito por ser um homem

assim tão

confuso - Não sei o que fazer pra

criar uma

ponte

entre nós, entre eu e

você.

Sinto

esse desespero, essa ânsia em me

aproximar

mas isso mostra que você é

para mim

mais do que as

outras, que são apenas as

outras.

Estou

sempre atrasado, sempre me

perdendo entre tantas ruas e

fantasias de andar ao teu lado e

desperdiçando as chances que

Deus

tem me dado e

meio que perco as

esperanças.

Aí, acaba ficando

tarde demais, você se vai e eu fico aqui

com secura na

garganta - Com carência de

afeto e eu achava que era

forte pra viver sem

isso.

Sei

que você tem uma

vida e

vestidos e maquiagens e amigas e

uma câmera fotográfica e

desilusões - eu só tenho estas

desilusões pra te

mostrar, pra te dar.

Por isso não me considero um

pretendente,

seria muita pretensão e não quero ser

invasivo - Me considero apenas um

admirador

que te admira de uma distância considerável

distância considerada

segura.

Por que você não

volta e conversa comigo

até de madrugada?

Por que você não olha

nos meus

olhos?

Acabo por ficar preso em meus

pensamentos

enquanto brinco com estas

palavras raras de se ouvir

e dizer

não me sinto capaz de libertá-las (ainda não)

e depois eu penso bem

o quarto esta vazio, a garrafa já pelo meio

e já não sei mais o que eu sinto

Vinícius Risério Custódio
Enviado por Vinícius Risério Custódio em 24/12/2014
Reeditado em 30/04/2016
Código do texto: T5080325
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