Chronos
Carros, tempo e calor
Tédio, roupa e dor
Utensílios do dia-a-dia
Que me deram como prisão
Sem saber que não se aprisiona
O espirito de um sonhador
Ainda que meu corpo esteja inerte
Meu pensamento viaja em mundo só meu
Ainda que o tempo me arraste
Nesta estrada aonde a morte é o fim
Eu tenho a eternidade em mim
E quando a alforria chegar
Ei de te buscar
Como um sedento em pleno deserto
Beijarei teus lábios sem temer Chronos
E te guardarei em meus braços
Como fiz nessa ultima vida de prisão
Pois se lembra de que lhe prometi
Eternamente que seria teu meu coração