SUAVE CANTO DA CIGARRA
Estendi meus braços para
cingir o desabrochar de um
sentimento e assim, tentar viver no
mimo das tenras folhas da felicidade.
Os meus braços nada
alcançaram a não ser
tudo aquilo que existe
no vazio do nada.
E do nada fiz a minha
morada tendo como
fiel companheira as
minhas sentidas lágrimas.
Saudades fizeram parte das noites
em claro, e se não fosse meu velho
travesseiro seria um prosélito seguidor
da crueldade existente no desalento.
Fui às nuvens depois que
despertei e delas caí ao
entender que vivi na ficção
poética do suave canto da cigarra...