Plenitude
Eu não sou de me contentar com pouco
Não quero um pedaço do céu
Quero as estrelas, as constelações, as nebulosas,
Um lugar pra brincar nesse carrossel
Eu quero ser criança e do meu âmago extrair um oceano de esperança
Não quero um rio, tampouco o mar
Eu quero o amor de quem sabe me amar
Não quero ser ilha
Quero ser continente
Não quero ser de guerrilha
Mas quero ser impertinente
Não quero o que dure um instante
Quero ter algo que dure pra sempre
Pois o que não soma um dia some e logo cedo se vai
E qual valor tem o que ao invés de somar a nós de nós se subtrai?
Tolice é não saber que dividir é multiplicar
E que ao dividir nos fazemos em partes para ao todo se somar
Quem não sabe dividir, tampouco sabe amar
Por isso não dê seu todo a quem se dá pela metade
Pois o verdadeiro amor é aquele que como um oceano em calmaria
Teu coração inteiro invade