Apenas a Solitude
Ecos sônicos,
De quão belos seios
Velados
N’um azul de turquesa,
De poesia oceânica.
Em preto e branco,
Apenas o ladrilho!
Foi dita
A palavra primeira,
De tão exótico âmago
Revelado
N’uma nudez de esmeralda,
De poema pacifico.
Em branco e preto
Apenas o retrato.
Foi desenhado
O verso inteiro,
De quão etérea fantasia
Adormecida
N’um mistério de calar,
De soneto cardinal.
Em preto e branco
Apenas o tinteiro a folha!
Foi escrito,
O ponto de (!),
De tão inebriante comédia
Desperta
N’uma canção de navegar,
De rosa dos ventos,
Em branco e preto
Apenas a solidão!
19/12/2014
Porto Alegre - RS