COMO SERÁ NOSSO NATAL?


Como será o nosso natal ? Pensou seu Manoel, em pé, em frente a sua casa, feita de madeira, forrada de plástico, com lixos na frente para perfumar, e um cachorro que protegia a chegada de inimigos. Dona Severina sentada muito triste com aquela situação em que vivia, falou :
- Meu velho, estou pensando como vou arrumar a nossa casa, não temos filhos... Há temos sim! Nosso menino Duque.
- Faltam dez dias para o natal e não fizemos a feira, daqui a pouco vai passar o fiscal e não vamos estar aqui... Vamos catar lixo para vender e fazer nosso natal. E saíram para a cidade a procura de latinhas, papelões, livros, etc. Passando em frente ao shopping, avistaram Papai Noel sentado em uma bela cadeira, como um rei todo de vermelho, tudo muito lindo. Entraram para falar com ele, só queriam uma foto para enfeitar a casa, mas foram impedidos pelos seguranças. Muito tristes voltaram, sentaram e começaram a conversar.
- É meu velho...
- Se estivessemos bem vestidos, não teriam nos impedido de se apróximar dele, mas se esquecem que somos humildes, mas honestos...
- Enquanto os arrumadinhos...
- Já está tarde, vamos voltar. Está chovendo muito e estou com frio.
Muito além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa viver a mensagem do menino JESUS que até hoje prossegue ecoando nos corações... Dos humildes, ricos, exaltados... Etc.
Mesmo assim eram feliz, mas queria algo diferente e pensaram.
- Amanhã, acordaremos bem cedo, e onde encontrarmos lixo, vamos encontrar enfeites velhos, roupas velhas, sapatos e até mesmo comida... Mas o que faltou para aquela família tão podre? Por que não estudaram para ter uma vida melhor?
É mesmo fácil questionar, mas lá não queremos está... Não posso julgar, mas posso ajudar.
Acordaram felizes com o sol brilhando para seus desejos se realizar. Com um saco velho seguiam a  caminhada que seria longa, mas voltaram sem nada e mais tristes ainda, resolveram pedi nos mercados e na loja apenas uma roupa para cada um, seria o suficiente para aquela família. Se aproximava mais e mais o dia e a hora... Só tinha conseguido um arroz e sapato usado para a sua velha Severina. Mas existia muito amor, respeito e compreensão se não conseguisse para os dois, ela não usaria. Chegou o dia 24 e sairam novamente e não conseguiram nada. Falou seu Manoel:
- Deixa para o próximo ano!!
- Vamos ficar aqui, está linda a cidade, não é mesmo?
De repente apareceu um pessoal de uma instituição servindo roupas quentinhas e uma ceia repleta de comidas e doces... Com músicas e alegrias.
Seu Manoel e dona Severina se emocionaram e agradeceram aqueles jovens pela ação tão linda e pediram uma foto, não era papai noel e sim vários com humildade, generosidade e amor no coração. Apartir daquele dia a suas vidas mudaram e comeceram a frequentar uma escola para idosos, para aprender a leitura que era o sonho de consumo.
Que nesta época, pelo menos, possamos exercitar nossa capacidade de doação aos necessitados, sem olharmos os por quês e sim os momentos nobres que são feitos de pequenos gestos... Onde serão?
O Natal dessas pessoas que moram nas ruas, em barracos... Não importa o lugar, apenas um ato e um gesto de compaixão.


Jey Lima Valadares**Itagibá**20:20**16-12-2014
Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 16/12/2014
Código do texto: T5071934
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