ESTIGMA
Não sei a razão desta aflição
borbulhando continuamente no meu
peito é como se estivesse desesperado
procurando algo que nunca existiu...
Não encontro meio para explicar este
desgosto que faz questão de exibir-se revelando o desejo de me
consumir aos poucos e acabar com
as raízes da esperança que ainda tentam vicejar...
É difícil determinar a extensão desses
mal de ação lenta que vai aos poucos corroendo as últimas
resistências, e quando me dou conta
de sua atuação me encontro prostrado no chão.
A cada dia que se passa sinto que continua mais difícil lidar
com os resíduos dos meus mais
altos devaneios, e assim passam-se os
dias sem que eu sinta a presença de quem amo...
Talvez seja um capricho do destino este estado lastimoso, que mina
a cada instante meu sorriso
natural sem um indicativo cabal,
mas vou lutar e destiranizar esta sufocação mortal...