ESTIGMA

Não sei a razão desta aflição

borbulhando continuamente no meu

peito é como se estivesse desesperado

procurando algo que nunca existiu...

Não encontro meio para explicar este

desgosto que faz questão de exibir-se revelando o desejo de me

consumir aos poucos e acabar com

as raízes da esperança que ainda tentam vicejar...

É difícil determinar a extensão desses

mal de ação lenta que vai aos poucos corroendo as últimas

resistências, e quando me dou conta

de sua atuação me encontro prostrado no chão.

A cada dia que se passa sinto que continua mais difícil lidar

com os resíduos dos meus mais

altos devaneios, e assim passam-se os

dias sem que eu sinta a presença de quem amo...

Talvez seja um capricho do destino este estado lastimoso, que mina

a cada instante meu sorriso

natural sem um indicativo cabal,

mas vou lutar e destiranizar esta sufocação mortal...

Wil
Enviado por Wil em 15/12/2014
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