Outra vez
No começo era só uma vontade...
Um desejo de felicidade
Que o tempo não permitiu,
Mas ainda por generosidade não apagou.
Sorriso fácil, zelo à carência,
Hostilidade da paz,
Simplicidade no cotidiano
Do mundo até então perverso...
Desejo de acolhida que todo ser merece
Quando em desalento;
Numa estrada sem fim.
O choro que pouco valeu
Sugou-me as lágrimas
Que o corpo regava
Assegurando-me vida longa.
Mas este desejo contagiou
A quem dele mais precisava
Se foram felizes não sei
Para saber preciso te encontrar outra vez...