QUERO TE SER BRISA

Entregue ao ermo da tua volição
Quero-te ser como brisa suave,
Desejosa inspiração a fluir-TE...
Adentro como aroma cerejeira,
Fazendo-te rijo em um pensar audaz
Dedilhados toques... Em palma voraz.
 
Quero-te ser suave brisa...
A gotejar-te aos poucos prazerosa,
De mansinho deixar-te inebriado,
Brisando levemente venenosa...
Em torpor abrasado,
Em atrição firme em rijeza.
 
Quero teu afã suave a consumir-te
Pois no compasso, passo a passo,
O traçado e os contornos
O prazer são os detalhes...
Nessa reta, ponto sem vírgula,
Ou finalmente, reticência... Exclamação,
Num brado de alegria, prazerosa!...
 
A paixão têm seus enigmas,
No jogo artimanha a decifrar...
Com ternura, beijos, e meneios.
Ao perdedor o intricado vai pagar...
Em carinhos d’u noite não dormida,
Quando a alva linda no horizonte
Abrasado sobre o monte
Chega ao auge envolto em êxtase
Cravando trêmulo o estantarte.
 
Sonhe tuas noites insones,
Voa qual um príncipe alado,
Desvenda mistérios de sua amada.
Pela fresta do teu olhar,
Tua alma quero amainar,
Meus olhos janela de minh’alma
Que por ti espera...
Vestida de amor em talma.
 
10:54
13-2014
MargarethDSL