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Mulher negra se fez areia e dormiu no leito do mar em nevoa.

Mulher negra se fez poeira e pairou na fria atmosfera do ar sem refrigério.

Mulher negra um rubi bruto jogado no mundo de fútil pincel na aquarela.

Mulher negra vestida de negra como as borboletas dançando sem véu em plena noite sem estrelar.

Moça negra feita rara e feita de algodão preto da colheita dos campos do agricultor.

Mulher negra de cheiro fresco da alegria medianeira que convida os homens pra casar.

Moça de coração de carne vermelha, e sangue uma doçura que se come depois de amar dos favos dos céus.

Mulher negra se fez uma música cantou os desgostos de paixões sem paz.

Mulher negra de velha beleza guarda a certeza de ser uma moça faceira.

Mulher negra que escorrega na flor, da semente do plantador sem os dengos seus brotar, por um mísero bem não sonhar.

Negra de olhos verdes de sorriso galante que espera no alpendre o retorno do amado passar.

Mulher negra se fez uma menina que o poeta se põe a chorar, mulher negra de mãos gregas e pele afro-japonesa.

Mulher de beiços de manga feito uma tâmara que escorre um mel de luar, moça negra de suave beleza que transborda o copo de chá.

Mulher negra de vestido de renda, com os seus cabelos presos que os homens lhe rogam pra soltar, cabelos esses que guardam um segredo infantil do gosto meigo de pentear.

Mulher de voz grave que amansa as tempestades, mulher de sotaque de requinte itálico, que chama o fogo da paixão no peito a incendiar.

Mulher negra tu tens o corpo de matizes misteriosas, feita uma natureza que nasceu das lendas chinesas, que foi recontada na índia a Shambhala.

Mulher negra, sensível rosa rustica de fragrância lúdica, que foi na essência um Linz aureolar dos contos a danar.

Mulher negra cobiçada pelo amante menino, que desconhece o limo de pouco saber enamorar.

Mulher negra tenho uma triste ideia de ti, que antes deu rir teus dentes vão me cegar, com a brancura rara dos teus aloés que iluminam minha alma.

As tuas mãos tem o cheiro da maçã e da neve em flocos românticos, mulher negra eu não sei mais amar.

Na tua frente ó mulher negra, os homens se miram por um odiar.

Sabe ser poeta é difícil as pessoas tem sentimentos, mas no fim das contas, aquele que sente realmente é desprovido do vicio do amor por instinto.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 10/12/2014
Reeditado em 10/12/2014
Código do texto: T5065019
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