O Eterno amante

O eterno amante é o que há de fato

Embora consigo resolva fugir

Das raízes que o prendem ao ato

Faz do momento o existir

Fulgura de algo nefasto

O eterno amante se diz só

Enquanto noite a noite em gozo

Regozija-se do semblante um dó

Abstém-se de prolongar o novo

De sentimentos por outro e amor

O eterno amante vive pra dar

E recebe da outra o tesão

Os suspiros que se exalam no ar

Do prazer alheio e emoção

E noutro dia se refaz sem pudor

O eterno amante é alguém

Que não se ajoelha ao coração

Mesmo que nele haja alguém

Que lhe ranque furor e paixão

Há pra si sempre outro alguém

O eterno amante se cala na dor

Procura em outra o juízo inocente

Do vício da carne e o furor

Do gemido e tons eloquentes

Sem que haja sempre um mesmo amor

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 09/12/2014
Reeditado em 24/02/2015
Código do texto: T5064349
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