O Relógio

O relógio bate,incessante

as horas silenciosas,ocupam

espaços em meu corpo ofegante

Os ponteiros descem como espadas

cortando o tempo intolerante

O pendulo desliza, calmo e sereno

castiga minhas rugas,de animal

Gasta minhas forças de menino

E as horas baratas,da minha vida final

Do meu coração,sem imagem

Resta ainda a engrenagem

Ponteiros,pêndulos,parafusos

Caixa torácica, peito ardente

de sentimentos confusos.