Para a Neve
Há uma moça que me lembra muito a neve.
Tem um andar suave, um perfume leve,
conversamos por momentos tão breves
e no entanto, causa-me tamanho encanto.
Há ao redor dela um certo ar de fada
a magia mais doce e delicada,
Quão preciosa é a fada do inverno?
Quanto tempo existe no eterno?
Ela está sempre tão elegante,
é uma mulher cheia de raridade,
do tipo que extrai qualquer sanidade restante.
Não quero que pense maldade disso,
mas da voz aos olhos, do rosto ao corpo
tudo nela tem gosto de sensualidade.
Ela é em si mesma
um oceano de profundidade.
Conhecê-la é como ler um livro infinito,
é mergulhar em águas profundas,
é descobrir que abaixo da superfície
as águas profundas não são calmas!
Sou alagado pelo seu existir,
mas vislumbrar com toda a calma
pequenos pedaços da sua alma,
sempre me faz sorrir...
Agora, me pego sempre pensando nessa libriana.
Como será que ela é... Quando ama?
Como será que ela é na cama?
Na vida existem mistérios,
que homens como eu jamais desvendarão.
Acabou sobrando para minha imaginação,
ter de fantasiar sobre um tipo de neve diferente:
Nada fria e muito quente!