Coração...
Sandra M. Julio
Esquecido em contenções e moderações
Pulsam lembranças e emoções...
Desata amarras e segue calado, sangrando,
Singrando saudade, na suavidade do tempo,
Assim, como folha ao vento.
Tolo...
Acredita em metáforas dum silêncio maldito,
Depois espraia sonhos, pelas areias do infinito
E crê...
No impossível, no improvável, no intangível...
Na transparência da realidade,
Vejo-te preso em grades de sofrimento,
Minha boca degusta esta falsa felicidade,
Zombando discernimento.
Ah! Coração,
Porque insiste em ser apenas emoção?
Pensei que fosse forte, resistente como aço...
Hoje, porém encontro-te, mero palhaço.
Sandra
15/01/06