CORAÇÃO
(Sócrates Di Lima)
De tanto apanhar
tem coração que bate silencioso e mói...!
e lentamente fica a agozinar,
fenece na tristeza de um amor que dói.
Mas, na vivente história humana,
Não há dor que insista em ficar,
O triste a alegria profana,
Quando o corção quer amar.
E de tanto o tempo passar,
passa também toda e qualquer ilusão,
Só insiste em ficar,
Aquela saudade que não faz solidão.
Assim, o amar sempre nascerá,
como nasce toda e qualquer esperança,
Uma entidade que jamais morrerá,
E se eterniza tal qual criança.