Hora Certa
Hora de pensar...
Quão pesada é a impressão
que trago comigo,
seus cabelos esvoaçantes,
você na minha direção
sob as carícias do desconhecido...
- Longas horas!
Hora de querer...
Acolhe-me na inveja
ingênita da passante,
que alheia despercebe
um sussurrar, um gracejo
provocado pelo encontro...
- Horas de prazer!
Hora de perder...
Ao acaso, um sorriso,
desses lábios finos
ao meu olhar penetrante,
que olha, e no entanto,
se volta à um rumo diferente...
- Loucas horas!
Hora de arrepender...
Se eu tivesse quem realmente
me quisesse, esse confronto,
jamais existiria, e, certamente.
desviar-me-ia ao lado oposto
e você não teria me conhecido...
- Hora de esquecer!
Valdir Merege