O AMOR A TUDO RESISTE
Tudo é bobagem.
Nada consta nos arquivos
Os arquivos são mortos
Como querem os que manipulam.
A solidão é deveras gritante
A tristeza não é coisa que valha a pena
A pena que se tem de tudo
É a mesma que não vale nada;
Dependendo do momento que se vive.
O instante é conturbado demais
Parece que tudo está de pernas para o ar
A solidão sempre tira a paz
E dá um quase embargo na maneira de amar.
O amor ainda é de ranger os dentes
O momento que o camufla um pouco
Têm-se as picadas das serpentes
Mas ele a tudo resiste.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.