REPULSA
Você negou que eu
vivesse em tua vida,
rejeitou-me sem motivo
e assim, me deixei levar
ao capricho da correnteza
do inexistente, e ao sabor
de sua impetuosidade fui
conduzido ao descompasso do desconhecido
Entreguei-me ao suplício do abandono,
ao desespero de uma saudade,
ao choro irreprimível talvez solvência
para um amor ferido...
Não sei ao certo mas expirei
uma dezena de vezes no
meu caminhar incerto, nunca
encontrei um abrigo que me acolhesse,
não adiantou gritar ninguém ouviu
ninguém sentiu meu sofrimento
Rogar tua volta seria
escolher outra vez o mesmo mal,
seria o continuar na aflição afinal,
porquê atormentar-me novamente,
porquê não me aquecer no esquecimento
disfarçando a dor em razão
de um falso sentimento?