DICOTOMIA

Já é alta a madrugada!

A lua no céu cansada...

Refletida no espelho d'água

Todos dormem... Só eu acordada.

O corpo a serviço d’alma.

E a saudade com pressa!

Nunca chega atrasada.

Eu vivo nessa dicotomia,

Como a noite e o dia.

Tentando lembrar!

De te esquecer.

Desaprender de te querer.

A’lma não desiste do sonho

E alimenta essa fantasia.

Tu vestes minha poesia,

Do meu verso é a tônica...

A métrica e a rima.

A inspiração em alarido!

Com os beijos partidos

As palavras alentadas

Minutam este rascunho

E este amor de poesia.

Sem hora marcada.