Tua pele

Pele casta, nívea pele,

Repouso dos anjos,

Berço de ternura e dos mais tenros cânticos,

Esvaia-se no tempo como um suspiro breve;

Tez febril, lânguida quimera,

Despertar de vaga lembrança,

Desventura impiedosa da distância,

Penitência amarga do cristão que espera.

Fria pele, palidez estonteante,

Veste angelical, meiguice de tu'alma singela,

O corar da vida te fez radiante,

Mas o gelar da morte te fez assim tão bela.

Laís Debastiani
Enviado por Laís Debastiani em 04/12/2014
Reeditado em 04/12/2014
Código do texto: T5058557
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