Flor Mimosa

Nas horas que antecedem o pleno lusco-fusco
Eis que veio rodopiando nos ventos da nostalgia
Abrindo-se em megatons de raios violáceos e fuscos
A inimaginável e magnânima quarta alegria

Quão meigo anjo, quão linda Micaely
Igual a uma noite de plenilúnio
Com a sua cascata de exuberante cor de prata
Dona de cabelos negros quanto á perola e vastos quanto á mata

Seus olhos amendoados e vibrantes
São de intenso fulgor seu corpo pequenino
Exala carinho seu imaculado coração prolifera amor

Envaidecido o onírico coração chora e seu choro
É poética mescla de encantamento ornamentado
Com astros e estrelas equilibradas por Deuses

Molhai lágrimas de mirra, molhai-me com teu orvalho
Rúbido de emoção predestinada a minha preciosa Ludhimila
Que nem mesmo o tempo há de apagar

Implantai em meu ser o eterno proscênio desta
Quarta paternidade. Enxugai-me ventos, enxugai de meu peito
Todo sentimento mordaz do rancor
Exaltai, oh sol exaltai esta flor mimosa do amor

É esta pequenina a rosa guapa mais feminina
Surgida no jardim da paixão para fazer sorrir
De refolhos escancarados meu poético coração


Marcos Antônio Lima
 
Marcos Antônio Lima
Enviado por Marcos Antônio Lima em 02/12/2014
Reeditado em 10/09/2017
Código do texto: T5056074
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