MEU TOCADOR


São motivos de questionamento os desejos do tocador.
Dos que faíscam no toque de um instrumento qualquer.
Qualquer é palavra comum, pois o meu tocador capricha
Na emoção dedilhando o violão, pois é de rasgar seda.

Todos os instrumentos são gabaritados ao porte
Do flautista desembaraçado, com sopro acariciando
Vários instrumentos, mas o meu preferido talvez
Não seja o mesmo do gostinho dele, meu mel.
Saindo em direção incerta, mas logo chega ao cultural.

Bicho elegante de uma vaidade ímpar encanta
A mulherada com alguns olhares, mas nada importa.
Gostar é gostar, querer é querer, amar é amar, verdade.
No auge da lua cheia faz-me sonhar acordada.

Não há como entender o que acontece entre nós.
Paixão, loucura desenfreada, mas tudo fazemos
Prazerosamente até o que nunca foi acontecido.
Vem meu amor, pega o sax para que eu possa sentir
O estar deitada em seu ombro largo, forte saudável.

Pois é, o meu ideal é o instrumental ilustrativo.
Entretanto, com a partitura a frente o seu forte
É desvencilhar a canção clássica maestria dotada
Pelo exemplar profissional que é você, meu amor.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 02/12/2014
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