Amor jovem

Quem diria

Que um ser tão normal

pudesse ser notado

E me convencer?

Ele chegou numa manhã

como uma bruma.

Trazendo nos lábios,

um meio sorriso bobo.

E nas mãos, um cumprimento

franco e já fora de moda.

- Que cara mais careta.

Pensei e sem perceber

Já minha alma, Amou.

O que minha razão desprezou.

Ser jovem, nos faz sentir

e pintar borboletas azuis em tudo.

E para esconder o acanhamento

Dizemos que o outro é treta.

Mas pode?

Ele um jovem cavalheiro

Tão fora de moda e propósito.

Mas tão cheio de si.

Pousar nos meus sentimentos.

Sem plano de vôo,

ou instrumentos.

Apresentar um céu de brigadeiro?

Em meu cérebro?

...provocou pane.

E os meus circuitos?

Bagunçou.

Como pode ?

Eu jovem urbanizada

Culta e antenada.

Ser invadida

pelo simples vírus

do Amor?

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 30/11/2014
Reeditado em 30/11/2014
Código do texto: T5054215
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.