Coração moleque
Abusei do verbo provar
Sem querer conjugar no entanto o sentir
Pura traquinagem de um coração moleque
Sabor maroto da irremediável paixão.
Seja lá como for
É um misto de amor e dor
Fogo que arde e penetra
Na alma quieta agora irrepleta.
Ora és pacata ausência
Outras olhar que faz meu talento despido...
É visão, talvez carência
Do calor dos lábios teus no meu corpo esculpido!
Sou pacata borboleta do vôo livre ao imaginário
Loba da noite atrás do luar que me remete a ti
Onça dos olhos negros a espreita do melhor adversário
Sou turbilhão-calmaria dos ventos que antevi.