Delírio de amor/sem dor.
O meu leito,não suporta mais
A minha estúpida lealdade.
Não adormeço,apenas suspeito
Da minha estranha sanidade.
A cabeça no travesseiro,apenas
Finge estar ali.Naquele momento
Sou poesia que foge...tormento.
As cobertas apenas tentam,em vão me aquecer,
Pobres cobertas inocentes,tão macias.
Mas estou longe...mergulhada em poesias.
Ninguém suspeita,ninguém reprova.
Ninguém espia a minha "macia" vontade
De fugir...sumir do leito que me sufoca,
Maltrata a poesia.
Os meus pés,estão aquecidos.
A minhas entranhas...nem tanto.
Os meus sentidos,suspeitam ouvir,
Os meus gemidos.
O meus ouvidos...nem tanto.
Mas,mesmo assim,busco a sede
Da tua boca.
Bebo na fonte,da "louca"que ne seduz.
Mesmo assim,o delírio me aquece...
Penetra em minhas confusas entranhas.
Sou luz,pois arranhas as minhas vontades.
Acendes em mim....poesias e piedades...
Por mim.