A ESTRELA
Debruçados na janela
viajamos pelo céu,
liricamente,
em busca de uma estrela
que seja a nossa confidente.
Tolice idílica de namorados,
tão cheia de significados
que adoça os teus beijos
e enternece os meus afagos.
Súbito, quase ao mesmo tempo,
nós a encontramos
numa remota constelação.
E, infantilmente,
um para o outro
igualmente nos dizemos
- é aquela! É aquela!
- a que há de brilhar na minha janela
na tua ausência,
e a que, na minha ausência,
há de brilhar na tua janela.